De agosto de 2019 ao mesmo mês em 2020, registrou-se, segundo a WWF, um aumento de 33% de desmatamento em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, uma área equivalente a oito vezes o território da cidade do Rio de Janeiro foi derrubada. São números preocupantes e que estão diretamente ligados às queimadas que ocorrem no Brasil atualmente.

No país em que vivemos, existe um ciclo tradicional de corte e queima de áreas florestais. As queimadas são iniciadas após o corte raso de árvores e mata nativa. A região da Amazônia, segundo apuração da WWF Brasil, concluiu que 31% dos focos de queimadas realizadas no meio desse ano estavam localizados em áreas que antigamente eram florestas. Ou seja, confirma-se o ciclo tradicional de desmate da região seguido de queima do território. 

Mas o que esses dados realmente indicam? Podemos constatar então que o aumento das queimadas no Brasil não é consequência da limpeza de pastagens ou incêndios florestais acidentais, e sim, originados do desmatamento sem precedentes que vem ocorrendo em estados como Amazonas e Mato Grosso do Sul, comprometendo a fauna e flora da Floresta Amazônica e do Pantanal.

São queimadas criminosas e que não recebem a punição necessária ou ao menos as previstas em lei em relação ao desmatamento no Brasil. O roubo de terras públicas que não recebem proteção ambiental, a exploração ilegal da madeira e o garimpo ilegal são algumas atividades que causam o desmatamento e consequentemente as queimadas.

Além de ameaçar a sobrevivência de diversas espécies de animais e plantas, as queimadas também comprometem a saúde do planeta como um todo. Popularmente apelidada de “pulmões do planeta”, a Floresta Amazônica é responsável pela maior captura de carbono do mundo, o que abranda a crise climática mundial. A floresta também abriga mais da metade das espécies terrestres existentes que são fundamentais para garantir a saúde da Amazônia e os ciclos da natureza como a polinização, dispersão de sementes entre outras funções vitais para sua regeneração.

Problemas respiratórios e cardiovasculares também foram identificados em humanos e atribuídos à fumaça de incêndios florestais. Logo entende-se que o problema das queimadas afeta toda a população do Brasil e do mundo.

 Por isso, sempre que puder apoie causas que trabalham para minimizar os efeitos dessa problemática destinando equipamentos de combate aos incêndios e colaborando com bombeiros, guardas florestais e comunidades indígenas dos estados do Acre e Amazonas que ajudam a combater esses incêndios criminosos.